Heráldica
Brasão
Teve a Câmara da Horta brasão de armas por decreto assinado pelo Rei D. Luiz I, em 3 de maio de 1865.
« D. Luiz, por graça de Deus Rei de Portugal e Algarves, querendo conferir à cidade da Horta na ilha do Faial um testemunho autêntico do aprêço em que tenho os notáveis e eficazes serviços, que os seus habitantes prestaram à causa do trono constitucional, não só correndo em grande número a alistarem-se nas fileiras destinadas a defender a justa causa na luta contra a usurpação; mas contribuindo generosamente com os seus haveres e com o trabalho dos seus braços para o estabelecimento dum arsenal de marinha onde foram reparados alguns navios da expedição, que tanto cooperou para o triunfo dos princípios liberais, (...): hei por bem fazer mercê à cidade da Horta do título de Mui leal, e outro sim me praz permitir, vista a informação do rei de armas de Portugal, que a mesma cidade de ora em diante possa usar da mesma forma do seguinte brasão de armas, a saber: um escudo esquartelado, tendo no primeiro quartel um campo de prata as quinas de Portugal; no segundo campo de azul o busto de prata de sua Majestade Imperial o Senhor Dom Pedro IV, meu augusto avô de muita saudosa memória, e no contra-chefe a coroa e o cetro de ouro alusivos ao facto da sua abdicação; e no terceiro campo em azul um livro de prata tendo escrito em letras azues a data de 29 de Abril de 1826 em alusão à Carta Constitucional da monarquia; e no quarto em campo de púrpura um castelo de prata e pousado sôbre êle um açor também de prata; orla azul com a legenda em letras de ouro - D. Luiz I à mui leal cidade da Horta: coroa ducal e por timbre um braço de prata armado duma espada do mesmo metal. (...) » 1
Estandarte
« O que está bordado na bandeira é pura e simplesmente um símbolo com reminiscências heráldicas, inventado pela municipalidade.
Ao escudo de armas nacionais emparelhou-se outro simbólico do concelho (Ilha) segundo se colige das peças que o constituem: Uma faia arrancada de verde, ladeada por duas jarras com flores, sobre um terreiro de sua cor, e no chefe um ondeado de azul. Cercando os dois escudos uma grinalda sustentada por dois açôres. (...) » 1
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1 Marcelino Lima. Anais do Município da Horta (História da Ilha do Faial). 1943. Vila Nova de Famalicão. Of. Gráficas Minerva. Pp.193-195