O Presidente da Câmara Municipal da Horta defendeu ontem que "o combate à violência doméstica é um desafio comunitário e um imperativo de todos e de cada um de nós".

Para Carlos Ferreira, "não podemos descansar e pensar que está tudo feito, apesar do trabalho muito importante desenvolvido nestas últimas décadas".

O autarca destacou a mudança progressiva de mentalidade social, as medidas tomadas ao nível do sistema jurídico-penal e a capacitação das instituições que trabalham nesta área, quer em matéria de instalações e equipamentos, quer na qualificação dos recursos humanos, enfatizando ainda a melhoria dos procedimentos e da articulação entre as várias entidades.

"Há muito ainda por fazer no combate à violência doméstica, nas nossas ilhas, nos nossos bairros, na nossa rua", afirmou, referindo os 25 homicídios de mulheres em contexto de violência doméstica só em 2023 e até esta data, os números elevados registados todos os anos, e as milhares de vítimas diretas e indiretas deste flagelo social, "em especial as crianças que assistem diariamente a estas agressões".

O Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra as Mulheres é assinalado a 25 novembro. Desde 2008, a UMAR-Açores organiza atividades para assinalar esta data no Faial, tendo organizado ontem uma conferência subordinada ao tema "Assédio sexual e moral: reflexos da sociedade contemporânea", precedida da inauguração da exposição Prosa Lírica "Ser Mulher", da autoria de Carla Mourão e Sofia Sant’Ana.

Hoje, pelas 15h30, realiza-se uma tertúlia aberta à comunidade na casa Manuel de Arriaga.